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Algumas fotos da Praia do Ervino

A Praia

Praia do Ervino, com mais de 30 quilômetros de extensão, encanta pela paisagem bucólica dos recantos naturais.

 

O desenvolvimento urbano acelerado, que se agravou nos últimos anos, ainda não foi capaz de tirar da praia do Ervino o status de paraíso selvagem.

A praia, localizada entre os movimentados balneários de Barra do Sul e Enseada, é excelente opção para quem quer passar alguns dias longe da agitação que invade as praias próximas durante a temporada de verão.

Já na estrada que liga o local à rodovia, são 14 quilômetros de natureza bem conservada, é quase possível imaginar o que vem pela frente. A pavimentação asfáltica chegou recentemente na Praia do Ervino, foi pavimentada em 2014.

 

As paisagens bucólicas e a quase inexistência de casas dos dois lados da estrada se encarregam de chamar a atenção do visitante. Aos poucos, a praia do Ervino vem sendo conquistada por veranistas de Joinville, Jaraguá do Sul, Blumenau, região e do Paraná, que chegam em busca de sossego.

Pela frente, encontram nada menos que 30 quilômetros de praia e belezas naturais por todos os lados.

A vegetação densa é um verdadeiro convite para o visitante que aprecia explorar novas descobertas.

 

A mais famosa delas é o chamado túnel do amor, localizado em frente à famosa Cabana do Ervino.

Montes de galhos de árvores, quase que simetricamente postadas lado a lado, parecem abraçar-se no alto, como um gesto de boas-vindas. Foram tantos os "abraços", ao longo de mais de 500 metros, que formou-se, assim, o túnel, recanto e refúgio dos amantes

 

 

Foto: Marina S. K.

A praia do Ervino fica 55 quilômetros distante de Joinville e a ocupação é recente, tem perto de 50 anos.

Hoje, há no lugar cerca de 1500 residências e mais de 20 bares, lanchonetes e restaurantes.

O número parece alto, mas como é grande a extensão da localidade com mais de 30 quilômetros de praia, o que se vê ainda em maior quantidade são lotes e lotes de pura vegetação, áreas totalmente virgens.

O mar de azul intenso, ondas fortes e a longa faixa de areia completam o clima de sedução da praia do Ervino, que herdou o nome de seu primeiro desbravador oficial, o faz-tudo Ervino Klug, de 64 anos (em memória).

Morador dali há 35 anos, ele explica que o batismo foi para diferenciar da praia Grande, em Enseada, nome anterior.

O hobby de Ervino era, além da bocha e da pesca, ajudar novos moradores a abrir poços artesianos. "Já cavei mais de 500", conta orgulhoso. Antes, o poço que cavava era outro, de areia, para gelar as cervejas do seu bar, que virou ponto de encontro e de referência, a Cabana do Ervino, agora arrendada.

E a luz por ali, acrescenta o desbravador número um, só chegou há dez anos, o que acabou atraindo mais e mais moradores.

 

 

 

Foto: Arquivo da  Família - Sr. Ervino e Neta

Foto: Edomar Manske - Cabana do Ervino, novembro de 1979

A descoberta do lugar, conta Sr.Ervino, veio com a busca de novos locais para pesca. Montou uma cabana de palha, substituída mais tarde pelos tijolos, que se transformaria depois no bar Cabana do Ervino.

Uma de suas grandes conquistas, depois de muita luta, foi a abertura de um acesso que liga a praia à Enseada. Segundo ele, o número de veranistas na praia vem dobrando ano a ano.

Com tantos atrativos, o lugar é daqueles que vale a pena visitar em qualquer época do ano.

A procura é tanta, que o bem equipado Hotel São Francisco Praia Flat, com 33 apartamentos e de frente para o mar, fica aberto o ano inteiro para os turistas.

O Ervino também se transformou em um dos lugares mais procurados pelos amantes da boa pesca, com uma faixa de 10 quilômetros para quem curte o hobby.

São lugares fundos, com nomes curiosos como "Sobe e Desce", "Buraco do Condeixa", "Copinho", "Casarão" e "Barco" - batizado que surgiu em função de um naufrágio, há 30 anos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Praia do Ervino também é muito frequentada pelos surfistas, por ser mar abero é normal ter uma ondulação grande e forte quando encosta ondulação boa no continente.

Possui vários picos de surf, alguns comuns e uns secretos mais restritos a comunidade surfista local,  no inverno é que rolam as melhores ondas, mar grande, forte, longe e pesado (casca grossa) relatam surfistas locais.

 

Por: Adriana Zoch

Foto: Arquivo da  Família - Gincana de Pesca, meados dos anos 80

Foto: Daniel Sprung - Surfista Geovane Kirst

Um pouco mais sobre Sr. Ervino Klug

 

Ervino Klug nasceu em 1° de janeiro de 1934 na cidade de Joinville, mais precisamente no bairro Itaum onde passou sua infância e adolescência. Quando jovem Ervino esteve sempre envolvido com esportes, chegando a ser presidente do Linence Futebol Clube, Time da 2° Divisão de Joinville.

 

Cedo Ervino começou a trabalhar na fabrica de moveis Birg, onde aprendeu o oficio de carpinteiro, mas um acidente de trabalho interrompeu sua profissão e mudou sua vida.

Um Guarda – roupas caiu sobre suas costas deixando-o impossibilitado de trabalhar e com sérios problemas de saúde. Aconselhado pelos médicos a retirar-se da cidade e procurar o litoral, que seria melhor para sua saúde.

Ervino veio a conhecer a Praia Grande, hoje Praia Do Ervino, em 1960 através da Família de seu Ramiro Bueno Da Rocha, seu vizinho em Joinville e proprietário de fornos de carvão na localidade do casqueiro (Parque Acaraí) na Praia Grande.

 

Entre idas e vindas Ervino se apaixonou pelo lugar, e em 1966 veio morar definitivamente na Praia Grande, no local do casqueiro, na propriedade da cerâmica Kasemute, aqui na Praia conheceu Nilma Peixoto de Souza, com quem se casou e teve três filhos Fernando, Luciane e Rejane.

 

Dois anos depois Ervino mudou-se para o lugar onde até hoje se encontra a cabana do Ervino, e abriu um pequeno comercio onde atendia principalmente Pescadores, caçadores e lenhadores, os quais vinham de Jipe ou de Carroça para este lugar.

 

Ervino vendia de tudo de cerveja a mantimentos. Como não havia eletricidade as cervejas eram geladas dentro de um poço aberto, mais tarde começaram a ser geladas em uma geladeira a querosene.

Os mantimentos vendidos eram buscados por Ervino em Joinville, ele os buscava de carroça e a viagem durava aproximadamente um dia. Devido a sua generosidade e sempre pronto para ajudar, não tendo hora para atender e pela sua luta de melhorar o lugar, muitas vezes arrumando estradas e pontes com as próprias mãos.

Ervino foi se tornando cada vez mais conhecido. As pessoas que vinham para esta praia diziam: “Vamos para o Ervino”. E assim foi criando-se o nome “Praia do Ervino”.

 

     Material sedido por Luiz Fernando Klug, neto de Sr. Ervino Klug

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